31 de maio de 2017

Mulheres no libertarianismo

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Eu compreendo muito as minhas amigas que preferem usar o rótulo de individualista do que de libertária. E entendo mais ainda as que correm para o left-lib e para qualquer outra ideologia.
Estranho vindo de alguém que trouxe algumas mulheres para conhecer o libertarianismo? Pois é!
O que acontece e o que vou dizer aqui, serve tanto para o ''clero'' quanto a ralé, pois não adianta dizer que o que é criticado pertence exclusivamente aos grupos libertários do facebook, enquanto os pertencentes aos institutos e partidos ficam observando apáticos ou alimentam a mesma coisa. E isso envolve TODOS os Institutos e afins. Creio que o único que poderia tirar dessa equação é o Instituto Mercado Popular, contudo este, tem um víeis mais de esquerda do que os outros. E isso é um dos motivos de não ter MULHERES no libertarianismo.
Agora vão me dizer que existe mulheres, ora, tem a fulana, a sicrana, a beltrana. E quantas mais? A maioria das mulheres que estão abertas a ouvir e entender são expelidas em dois tempos por homens. Sim, por homens. Não estou dizendo que todos são assim, de forma alguma. Eu tenho excelentes referencias de homens íntegros, que compreendem e defendem a ideologia ao invés de se esconder na mesma para maquiar seus preconceitos e os absurdos que dizem. Mas esses são minorias, pois até mesmo aqueles que tem as mesmas qualidades deles, são apáticos a tudo isso.
Eles querem atacar feministas individualistas se baseando em sua eterna ignorância e são respaldados pelos outros. Os próprios ''ícones'' alimentam isso.
Um exemplo? O site libertarianism.org dispõe hoje de 79 artigos, vídeos e áudio sobre feminismo e questões sobre o universo da mulher. O Institute Mises, tem tantos outros artigos e feministas individualistas até em seu corpo docente, a Wendy McElroy. Ainda contam com o ALF no qual a diretora é a Sharon Presley e dispõe de artigos sobre feminismo e libertarianismo. Excelentes artigos. Existe uma enorme rede de informações e debates sobre o tema e questões femininas. Até mesmo Walter Block cita essas questões em seu livro Defendendo o Indefensável, sem contar Mises, Isabel Paterson, Joan Kennedy Taylor, Jeffrey Tucker e por ai vai.
Então onde erramos? Ou melhor, onde vocês erraram? A maioria não é uma maioria ideológica, são oportunistas, querem status, querem palco e não de fato alimentar a população com boas ideias, ideias de liberdade. Querem ser os donos da verdade e impor sua moral aos outros indo contra o próprio ideal que diz defender. Muitos inclusive apóiam o anti-feminismo, mesmo que o Mises tenha dito que movimentos anti são destrutivos e sem sucesso pois só buscam a negatividade.
As feministas individualistas, hoje, já cansaram de explicar o que é o feminismo individualista, como se aplica e por quais motivos é viáveis. Mas continuam nos fechando as portas. Mas não se preocupem, fecham as portas e aumentamos nossas vozes e escutadas seremos. Quer queira, quer não.
Mas a questão é que não existe espaço para mulheres, principalmente as que querem abordar assuntos femininos. Os espaços que vejo, são para criticar o feminismo e da forma mais baixa, leviana e desonesta possível. Criticam na visão dos ANTI.
Posso contar nos dedos os sites e Institutos, tirando os supracitados, que dão espaço para essas questões de forma integra, ideológica e honesta. Devo agradecer inclusive ao Vista Direita pela publicação de um texto meu. Fora eles, não posso falar muito.
Spotniks abriu espaço para um texto extremamente desonesto em todos os sentidos, desde a teoria até a própria História. Os Institutos dos Estados só tem artigos de anti-feministas com víeis extremamente moralista, deturpados e cheirando a noticia midiática. E ainda temos o burburinho de que existe a intenção de publicar um livro anti-feminista por intermédio de editoras que focam em autores como Mises. Não me levem a mal, que publiquem e façam não apenas Mises se revirar na cova e o status ''soça'' do momento cair como uma luva, finalmente, na Instituição de vocês.
Então, cabe aqui dizer que precisamos começar uma auto-avaliação séria sobre essas questões e as posições que tomamos perante a isso. Que saiam os oportunistas e entrem os idealistas. Que saiam os atores e que entrem os fomentadores.
Querem liberdade? Então demonstrem isso!


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